Natural de Rondonópolis, Fransérgio foi participante daquele marcante vice-campeonato na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2009 (a mesma que nos apresentou Santos, Manoel e Marcelo Cirino), Fransérgio foi mais uma cria do Caju que alçou grandes voos após sair da Baixada.
Subiu para o time profissional com grandes expectativas da torcida, era um volante habilidoso e seguro, que jogava de cabeça erguida, tinha tudo para se firmar no time titular, porém os já conhecidos erros de transição da base para o time principal na época acabaram queimando o jogador com a torcida. Para se ter ideia, ele foi escalado como atacante no fatídico ano de 2011, enquanto Renato Gaúcho era treinador do CAP.
Não chegou a ganhar títulos aqui, pois só foi sacado ao time “de cima” após a conquista do Paranaense daquele ano, mas jogou entre 2009 a 2011 em todas as competições que o Athletico participou.
Ainda no Brasil, jogou também no Paraná, Internacional, Criciúma, Ceará e Guaratinguetá. Nesse período de 2009 a 2013, ele jogou 74 partidas e fez 3 gols. Sua carreira começou a deslanchar mesmo a partir de 2014, quando foi para o Marítimo, de Portugal. No Velho Continente encontrou seu verdadeiro futebol e se destacou em várias partidas, sendo contratado em 2017 pelo Braga, onde se tornou peça chave da equipe que foi campeã da Taça de Portugal na temporada 2020/21. Na Primeira Liga (Campeonato Portugues) encerraram a temporada na quarta colocação, atrás apenas do trio Sporting (campeão), Porto e Benfica.
Suas boas atuações inclusive fizeram o volante de 30 anos ser especulado no Porto, sendo encarado inclusive como uma das principais contratações do Dragão para a temporada que começará neste início de Agosto.
Fica aquela pergunta no ar: Será que com uma transição melhor planejada na época ele teria tido um desempenho e um desfecho melhor aqui? Daquele time da copinha de 2009 muitos jogadores foram absolutamente queimados após ser criada uma enorme expectativa em cima de todos eles, e contamos em poucos dedos quantos de fato “vingaram” no futebol de alto nível.
Nas próximas semanas veremos um pouco mais da carreira desses jogadores e de outros atletas que passaram por aqui e, podem não ter sido craques, podem não ter sido unanimidade com a torcida, mas com certeza ainda vivem no imaginário dos athleticanos.