Após uma temporada atípica por conta da Covid-19, a temporada 2021 deverá ser muito diferente, com possíveis interrupções, jogos adiados, lockdowns, e proibições de partidas… Mas diante de um cenário tão incerto, uma coisa (três, na verdade) já temos certeza: Os adversários do Furacão na fase de Grupos da nossa amada Sulamericana.
Mais um ano disputando títulos internacionais, como tem sido de praxe nas últimas temporadas. Afinal, desde 2017 estamos dividindo a atenção do Brasileiro com algum torneio da Conmebol, seja ele Libertadores, Sulamericana, ou Recopa. E nesse ano, em sorteio nesta quinta feira, 09 de Abril, ficaram definidos nossos adversários iniciais na busca da conquista do Bi da “La Gran Conquista”. Foram eles: Melgar do Peru, Aucas do Equador e Metropolitanos da Venezuela, dois times nao muito conhecidos por aqui e um que já rondou os noticiários nacionais ano passado, por ter enfrentado o Bahia na segunda fase da Sulamericana de 2020: O Melgar
Quem é o Melgar?
Um clube já centenário, com 106 anos de história, o rubro negro peruano está indo para sua quinta participação na competição, sendo a terceira aparição seguida. Em 2019 participou da Libertadores, porém foi eliminado na fase de grupos e, já em seu primeiro jogo (já como segunda fase da Sula), perdeu pelo placar de 6x0 contra o Universidad Catolica, sendo eliminado da competição.
Ano passado também chegou a segunda fase, passando por Nacional de Potossí nos penaltis após dois empates em 2x2 na primeira fase. No embate seguinte, contra o Bahia, ganhou de 1x0 em casa e perdeu de 4x0 em território bahiano, abandonando a competição precocemente. Disputou outros 4 jogos contra times brasileiros, todos pela Libertadores. Na já citada edição de 2019, ficou no grupo do Palmeiras e foi goleado nos dois jogos (0x4 e 3x0) e na edição de 2016 perdeu seus dois confrontos também para o Atlético Mineiro.
Entre seus títulos, estão dois Campeonatos Peruanos (1981 e 2015), dois Torneio Clasura (2015 e 2018), um Torneio Verão em 2017 e uma Copa Peru em 1971. Além das outras 4 participações na Sulamericana, também tem 6 libertadores disputadas no currículo. Uma curiosidade é que o Melgar está desde 2015 continuamente disputando torneios Conmebol. O Clube é da cidade de Arequipa, porém manda seus jogos no não tão amado Estádio Nacional de Lima por seus 3.400 metros de altitude em relação ao nível do mar.
Conhece o Aucas?
Esse ano, não contente com uma partida na altura, o Aucas, do Equador também caiu no grupo do CAP na Sulamericana. O clube manda seus jogos no estádio Chillogalloa, localizado a 2.882 metros de altitude. Fundado pela petroleira Shell em 1945, foi uma das principais potências do futebol equatoriano até os anos 70, quando começou a decair e alternar entre a primeira e a terceira divisão com bastante frequência. Devido a toda essa oscilação, a equipe não tem nenhum título de primeira divisão do país.O time, que também joga com material Umbro nas cores vermelho e amarelo, tem três títulos da segunda divisão (1974, 1992 e 2014) e dois da terceira (1986 e 2012).
Disputa sua quinta Sulamericana após o Vice-campeonato do Apertura de 2020 e está em um de seus melhores momentos dos últimos anos.
Outro Novato: Metropolitano
O Metropolitano, de Carácas, é um dos clubes mais novos (se não o mais novo) a disputar o torneio. Fundado em 2011, disputa sua primeira Sulamericana e seu único título é uma Segunda Divisão em 2016. Não possui site oficial, sendo bem difícil encontrar informações sobre eles, inclusive. São conhecidos como Los Violetas e têm oscilado entre a primeira e segunda divisões equatorianas desde 2012. Jogam no Estádio Olímpico de la Universidad Central de Venezuela onde a altitude é de cerca de 900 metros em relação ao nível do mar, mais ou menos a mesma que nossa Arena. Os jogos da fase de grupos vão ocorrer entre 20 de Abril e 27 de Maio, sendo jogos de ida e volta, tal qual a Libertadores. A principal diferença é que apenas o primeiro lugar de cada grupo se classifica para as oitavas de final (onde os terceiros colocados de cada grupo da Libertadores entrarão na competição).
É o começo da caminhada do nosso Furacão em mais uma disputa internacional de título, que nos traz uma memória muito recente… Será que repetiremos o ano de 2018?
Texto: Lab da Furacão LGBTQ
Áudio Descrição: Flávio Mueller